Workshop de PsychoEnergetics: Curar o Perfecionismo, 30 de Maio a 1 de Junho


Olá Amig@s

Venho trazer-vos outra proposta que me parece profundamente enriquecedora para todos nós. 

Trata-se de um workshop de 3 dias, de Psychoenergetics, intitulado: 
"Autenticidade, Ansiedade e Expressão Individual: Curar o Perfecionismo".
Será facilitado por Michael Mervosh e Irene Tobler, nos dias 30 e 31 de Maio e 1 de Junho, em Lisboa ou arredores.
Conheço ainda muito pouco sobre a PsychoEnergetics, porém o que conheço faz-me, sem dúvida, querer conhecer muito mais. E sem dúvida, qualquer passo para curar perfeccionismo em alguém, é um passo para curar o mundo.
Para mais informações, veja por favor a seguinte imagem.


A propósito de "curar o perfeccionismo", gostaria de partilhar algumas reflexões. 
Com a minha experiência profissional e com a experiência da própria vida, cada vez mais observo que a grande questão do ser humano é a "simples" necessidade de amar e ser amado pelo indivíduo que é, e a limitação em senti-lo plena e genuinamente
Uma das crenças fundamentais, que mais limita a expressão do amor, ou seja, de sentir amor por nós próprios, amor pelos outros e de sentir o amor dos outros por nós, de uma forma realista, plena e adaptativa, é a de que "é preciso ser perfeito para ser amado"
Partindo desta crença errónea, provocamos um corte com a realidade, sejam facetas de nós próprios, dos outros, ou da vida em geral, que exageramos ou minimizamos, tal como o fazem aqueles espelhos engraçados das feiras. E é a partir dessa imagem deturpada que nos relacionamos conosco, com os outros e com a própria vida. Como posso sentir-me amada e amar-me, se mostro um reflexo tosco de mim mesma? Como posso agir com descontração e precisão (ou sequer agir), ou como posso relacionar-me com plenitude (ou sequer relacionar-me), se receio que "aquele insucesso" seja a derradeira prova de que não tenho valor (traduzível para "não mereço ser amada") ou que "aquela pessoa se aproxime tanto que me conheça demais" ou seja, perceba quem realmente sou, que não mereço o seu amor. 
Por mais "graça" que essa distorção da realidade pareça ter, e se por vezes é "fugazmente inebriante", outras vezes é "desconfortável ainda que segura" ou "simplesmente assustadora", nada é comparável à realidade. É apenas a partir da realidade neste momento presente, que podemos dar um passo para um lugar um pouco mais perfeito, e, ainda assim, imperfeito. 
Apenas o contacto com a realidade nos pode dar um senso de segurança, de real auto-estima e valor próprio. Apenas o contacto com a realidade nos permite agir e relacionarmo-nos de formas construtivas e realistas, cumprirmo-nos e sentir que a vida tem sentido.
A realidade pode parecer demasiado assustadora para ser tolerada, mas isso é apenas o reflexo de um espelho tosco - seja um reflexo de nós, dos outros, ou da vida em geral. 
Com empenho amoroso e boa vontade, de nós próprios e daqueles que nos auxiliam, podemos curar as nossas feridas, as feridas pelo que nos foi infligido e pelo que infligimos a nós próprios e aos outros, e encontrar cada vez mais da força, amor e sabedoria que são um legado nosso, real, intrínseco
Um legado nosso, tanto mais revelado quanto mais nos abrimos para a realidade de cada momento presente, empenhados em descobri-lo amorosa e inclusivamente, aceitando a proposta evolutiva que contém. 
Assim vamos rectificando o próprio espelho, tornando-o mais e mais cristalino e inclusivo.
E assim, cada vez mais do nosso próprio potencial e natureza essencial pode manifestar-se, com cada vez menos deturpações e limitações, cada vez mais plenamente, cada vez mais vivos, cada vez mais inteiros e parte integrante de um Todo Maior de que todos fazemos parte. 
Cada vez mais vemos e sentimos os outros daquela forma que satisfaz a sua necessidade de ser vistos e sentidos, o que, cada vez mais, estimula o seu próprio processo de cura e manifestação do seu potencial inato.
Sim, não existe "perfeição" neste mundo, este mundo está em permanente processo de mudança, viva, dinâmica, evolutiva, orgânica. E esse processo de "vir a ser" é lindo e perfeito em si mesmo.
Sim, podemos aprender, cada vez mais, a estar aqui e agora, cada vez menos reféns do passado e do futuro, dos nossos próprios juízos e deturpações. 
Quanto mais o fazemos, mais nos permitimos estar inteiros e em contacto com a realidade de nós próprios, dos outros, da vida. E cada vez mais, a realidade de nós próprios, dos outros e da vida em geral mostram sentido e beleza transcendentes. 
O espelho torna-se cada vez mais cristalino e reflecte com cada vez maior acuidade, incluindo cada vez mais níveis de consciência. 
Cada vez mais o espelho mostra-se o portal para a magia do eterno presente, o presente de Quíron, o presente onde matéria e espírito são unos, o presente que auto-cura e que cura os outros.

A tod@s 
Aquele abraço
Margarida