Dia 15, às 7h da manhã, a Lua encontra o Sol no grau 25 de Capricórnio, encobrindo-o e expondo um anel de fogo (Eclipse Anular do Sol), e tornando ainda mais significativo o trabalho com esta lunaçãoSe ainda não conhece/fez, sugiro o Compromisso de Fogo 2010 de Nuno Michaels (http://www.nunomichaels.com/?page_id=78), uma proposta de trabalho em três partes (que não requer conhecimentos astrológicos prévios, e que contém todas as explicações de que precisa):
- proposta de “balanço”, e insights, sobre as conquistas, desafios e aprendizagens de 2009
- delineação de objectivos para 2010 e… experimente espreitar :)
- objectivos mensais: trabalho com as lunações (com direito a uma “cábula” com as palavras chave de cada signo/casa, para quem não fala “astrologuês”).
Uma vez que:
- estas propostas anuais (1ª e 2ª partes) e mensais (3ªparte) tocaram-me e tocam-me especialmente;
- fechamos 2009 e estreamos 2010 com Eclipses, ou seja, momentos em que o impacto e/ou os resultados do trabalho das lunações é acrescido,
Creio que todo o trabalho de introspecção e manifestação ali descritos sobre 2009/10, é especialmente pertinente neste período até ao dia 15, assim como o trabalho mensal com a lua nova, no próprio dia 15, entre as 7:12h e as 15h:12h.
E gostaria de falar um pouco sobre o que está "por detrás" destas propostas…Sol e Lua
Física e, claro, simbolicamente, o sol e a lua dificilmente poderiam ser mais opostos!
Ela próxima, pequena, constante na sua alteração cíclica, reflectora de uma luz fria e suave que domina a noite, encobrindo o que separa as sombras, unindo-as mais que revelando… num clima de sonho, nostalgia, mistério, intimidade e gestação…
Ele distante, colossal, constantemente esférico e fogoso, emanador de feixes quentes e poderosos de luz que dominam o dia, revelando e destacando as sombras, queimando-as e purificando-as… num clima de acção, presença, descoberta, encorajamento e fecundação…
[No entanto, aos olhos terrenos, Sol e a Lua parecem esferas luminosas de diâmetro semelhante, de tal forma que 4 a 6 vezes por ano chegam a encobrir-se mutuamente, quando estão opostos entre si – Eclipse da Lua, na Lua Cheia – e quando estão num mesmo ponto – Eclipse do Sol, na Lua Nova].
Os “Luminares”, como eram designados pelos antigos, representam os princípios masculino (sol) e feminino (lua), igualmente importantes e complementares na sua função parental.
Lua Nova – O Encontro
O Sol e a Lua "unem-se" no céu 12 a 13 vezes por ano, no momento da “Lua Nova”, num dos 12 signos do zodíaco.
Cada encontro oferece-nos a oportunidade de Conceber algo, que é colorido pela energia de signo que os recebe, envolvendo e filtrando a luz dos “amantes celestes”…
Inconscientes do seu encontro, arriscamo-nos a conceber “um pouco mais do mesmo” (nem sempre tão positivo assim), se a lua segue vazia e fiel ao seu potencial gerador…
Conscientes, poderemos conceber algo criativo e produtivo nas nossas vidas, alinhando a intenção criativa do nosso sol interno, ao poder e vontade Criadora do Sol do nosso sistema solar, em resposta à proposta celeste…
A Proposta da Lunação
Todos podemos, aliás, merecemos, em cada lua nova, manifestar a intenção construtiva de trabalhar determinados aspectos em nós próprios e delinear objectivos relacionados com a energia do SIGNO por eles iluminado.
Personalizando a proposta celeste, podemos ver que CASA astrológica, ou área de vida, será activada por aquela lunação, aliando estes aspectos à nossa intenção.
Ao longo do ciclo ali iniciado, estaremos a dar forma à intenção manifestada, o que poderá ser já visível na Lua Cheia…
Quanto mais a nossa vontade é síncrona com a vontade esotericamente associada ao Sol do nosso sistema solar, ou seja Amor e Sabedoria para o Bem Maior, tanto mais provável será a prossecução dos objectivos, e tanto mais encontraremos inspiração e apoio no dia a dia.
Eclipse: Quando um Luminar "Devora" o Outro
Se a Lua Nova simboliza uma Novo Princípio Concebido, a Lua Cheia simboliza a percepção da Forma que esse princípio concebido tomou.
Num eclipse da Lua, a lua desaparece sob o sol, simbolizando o fim de uma forma. Ou seja, haverá uma proposta de mudança no estado ou forma de algo, associado a esse grau, signo, casa astrológica, mantendo-se o mesmo princípio. Como a água que simplesmente muda de estado (congela, descongela ou evapora), e permanece água...
Num eclipse Solar, é o sol quem desaparece sob a lua, pelo que não será apenas a mudança de uma forma, como vimos anteriormente, mas antes uma mutação, ou seja uma mudança do próprio princípio! A forma ou estado pode até aparentar ser o mesmo, mas há uma proposta de alteração alquimica na sua qualidade intrinseca... Como o chumbo transformado em ouro, ou vice-versa...
Os eclipses, de acordo com o signo da lunação e a casa astrológica em que incidem no nosso mapa, mostram-nos energias e áreas de vida fortemente activadas nos meses que os precedem e seguem, em particular quando tocam planetas e/ou os eixos do nosso tema astrológico.
Acrescentam, assim, grande força e impacto ao que foi acima descrito.
Desejo Boas Mudanças em 2010
Fechando o círculo, para regressar ao ponto de partida, alguns degraus acima, vejo nos eclipses, oportunidades acrescidas de exercer a nossa habilidade de dar resposta à vida, criando, mudando, eliminando e/ou sustentando, conforme o que urge fazer.
Assim, esteja especialmente atento nas datas/meses referidos, para optimizar o potencial subjacente ao trabalho com as lunações:
31 Dezembro – Eclipse Parcial da Lua: 10º15’ Caranguejo (19:23h)
15 Janeiro – Eclipse Anular do Sol: 25º01’ Capricórnio (07:07h) – Lua Nova
26 Junho – Eclipse Parcial da Lua: 04º46’ Capricórnio (11:39h)
11 Julho – Eclipse Total do Sol: 19º24’ Caranguejo (19:34h) – Lua Nova
É vulgar ouvir apreciadores e fruidores de astrologia, aflitos com trânsitos desafiadores que "provocam" mudanças desafiadoras e outras catástrofes... lançando frases como "isto aconteceu porque estou com o trânsito x", como se a responsabilidade fosse do planeta em questão...
É importante recordar que os planetas em trânsito activam energias, com as quais cabe a nós aprender a lidar! É bom recordar que em lugar de "castigos divinos", existe uma proposta evolutiva, na qual temos um papel activo!!
Quanto mais resistimos à mudança, que qualifica a própria vida, tanto mais sofremos - pois a vida quer viver... e para viver, precisa mudar, crescer...
Para bem o fazermos, há que facilitar a mudança, apoiando-a nesse processo, ou simplesmente aceitá-la como natural e necessária, fluindo com ela.
Aprendi a agradecer essas forças impulsionadoras de mudança... e quanto mais difícil ou estagnado é o cenário interno e externo (que um sempre reflecte o outro), tanto mais vejo com alegria e agradeço o "input" de energias desafiadoras, que activam, propõem e catalizam mudanças.
Desejo-vos a melhor inspiração e sustentação para o vosso trabalho,
que seja para o Vosso Bem Maior e para o Bem Maior de Todos
Um abraço amigo
Margarida Santos
Imagem de Dennis L. Mammana, em eternosaprendizes.wordpress.com/2009/01/
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