DeGraus YhiolaScalata
Newton Kondaveti - O papel da Respiração na Recuperação de memórias de Vivências Passadas e Traumas Profundos
ENCONTRO COM NEWTON KONDAVETI
Palestra, Demonstração e Meditação (Entrada Livre)
Quarta-feira, 26 de Novembro, 19h.
O Papel da Respiração na Recuperação de Memórias de Vivências Passadas e de Traumas Profundos
O encontro com Newton Kondaveti destina-se a:
Ilustrar a importância da respiração para a saúde integral, recuperando os ensinamentos de tradições espirituais.
Apresentar as vantagens do uso de técnicas de respiração em regressão a vivências passadas para ajudar a quebrar a resistência dos clien, e para libertar as cargas somáticas, emocionais e mentais associadas ao trauma.
Demonstrar as várias técnicas de respiração que são valiosas ao trabalhar com clientes que não respondem aos métodos convencionais de regressão, explicando como funcionam.
Explicar o papel da respiração como ferramenta simples, contudo poderosa, na transformação de emoções baseadas no medo em emoções baseadas no amor.
Apresentar os benefícios das práticas respiratórias como agentes de rejuvenescimento, limpeza e purificação que podem ser ensinadas a todos os pacientes, permitindo a sua integração no quotidiano. (Para ler mais veja http://www.almasoma.pt/)
Newton Kondaveti é médico com formação em Terapia Regressiva com 16 anos de aplicação psicoterapêutica e investigação. Tem interesses nas áreas dos fenómenos parapsicológicos – Percepção Extra Sensorial, Projecção Astral, Terceira Visão, Telepatia, Clarividência, etc., - e é professor de Meditação e de práticas respiratórias associadas - pranayamas. Fundou a Life Research Academy, que promove a divulgação, a investigação e o ensino nas áreas apresentadas. Viaja e ensina por toda a Índia e por outros países com a sua esposa, Dra Lakshmi.Dra Lakshmi, esposa de Newton Kondaveti, é igualmente médica com 10 anos de experiência em Terapia Regressiva. Fundou Angels of the Earth, uma organização que promove o vegetarianismo, a protecção da vida animal e do ambiente.
O Encontro com Newton Kondaveti decorrerá no Instituto Português da Juventude (IPJ) na Galeria. O IPJ fica na zona do Parque das Nações, Rua de Moscavide. Tradução Simultânea.
Mais informações email@almasoma.pt ou 96 25 888 36. Veja também http://www.almasoma.pt/
Próximos eventos Almasoma:
Hans TenDam
Essencial Hans TenDam
As bases da terapia regressiva e algumas técnicas avançadas por um dos maiores especialistas mundiais.
Formação, Quíron, 13 e 14 de Dezembro
Alice Cabral
Psicoterapia com Crianças: A Abordagem da Terapia RegressivaPrincípios e Técnicas para o Trabalho com Crianças num contexto de regressão por aquela que se começa a definir como uma das maiores especialistas mundiais na área.
Formação, Quíron, 10 e 11 de Janeiro. Apenas 8 vagas disponíveis.
Terapias Regressivas: As Vivências Polémicas, por Mário Resende
Conferência
A Origem da Alma. A Vida Extraterrestre. As Encarnações Simultâneas. Karma e Samskara. Os Grupos de Almas. Deus e a Criação.
As terapias regressivas, terapias em estado expandido de consciência permitem acesso a vivências que são desconhecidas das terapias unidimensionais, as que recorrem apenas ao exercício da palavra em estado de vigília. Abrem-se, nesse processo, portas e corredores que permitem ver para lá do horizonte, que permitem espreitar para as profundezas do Universo e questionar os nossos paradigmas acerca da Vida, da Morte, da Alma, de Deus, e redescobrir a Verdade Absoluta do Amor e da Evolução.
Sobre Mário Resende:
Mário Resende é Psicólogo e Psicoterapeuta, licenciado em Filosofia e Mestre em Psicologia Clínica. Facilitador de Meditações Activas, tem igualmente formação em Terapia Psico-Corporal, Análise pelo Sonho Acordado e Hipnose. Foi igualmente aluno do Quíron. Estuda as Terapias Regressivas desde 1988 e faz regularmente formação com os seus mais destacados representantes.
Quíron - Centro Português de Astrologia
Rua Vitor Cordon, 5
1200-482 LISBOA
Tel: +351 21 347 06 28
+351 21 347 49 70
+351 21 347 79 52
Fax:+351 21 347 05 92
email: http://br.mc521.mail.yahoo.com/mc/compose?to=quiron@mail.telepac.pt
web: http://www.quiron.pt/
IndieLisboa 2008 uma Selecção de Filmes na UL
SALA DE CONFERÊNCIAS
REITORIA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA, CIDADE UNIVERSITÁRIA
ENTRADA LIVRE
Terceira edição deste ciclo. A Universidade de Lisboa e a Zero em Comportamento apresentam uma selecção de filmes do INDIELISBOA 2008, integrando longas e curtas-metragens.
Todos os filmes estão legendados.
“Pic-Nic”, de Eloy Enciso
17 Novembro 18h30 Sala de Conferências
Documentário – Espanha,
2007, 103’
“Pink”, de Alexander Voulgaris
18 Novembro 18h30 Sala de Conferências
Ficção – Grécia,
2007, 90’
“Boulevard L’Océan”, de Céline Novel (Curta Metragem)
19 Novembro 18h30 Sala de Conferências
Ficção – Bélgica/França,
2007, 19’
“Introspective”, de Aram Garriga
20 Novembro 18h30 Sala de Conferências
Documentário – Espanha,
2007, 68’
“É Dreda Ser Angolano”, de Fazuma
21 Novembro 18h30 Sala de Conferências
Documentário – Portugal/Angola,
2007, 65’
Programa detalhado em: http://docs.google.com/fileview?id=F.1423703c-2199-400e-b3bc-22eaa2b1a9e1
Organização e informações: IndieLisboa, em parceria com a
REITORIA – Divisão de Actividades Culturais e Imagem da DSRE
Tel.: +351 210 113 406 daci@reitoria.ul.pt http://www.ul.pt/
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Aula Magna
& Outros Espaços da Reitoria da Universidade de Lisboa
Divisão de Actividades Culturais e Imagem da DSRE
Alameda da Universidade, Campo Grande, 1649-004 Lisboa
Contactos Tel. 21 011 34 06; Fax: 21 796 31 51; daci@reitoria.ul.pt; http://www.ul.pt/
Transportes Metro: Cidade Universitária; Autocarros: 31-32-38-68-755 (Carris);
Almada – Cidade Universitária (TST); Entrecampos (Fertagus).
Seminário de Astrologia: Quíron e os Asteróides pontes de Aperfeiçoamento para a Transcedência, por José Augusto (Funchal)
"Neste fim-de-semana falaremos de Quíron, numa abordagem astronómica, mitológica e Astrológica. Neste tempo de tanta dor e perplexidade, compreender a simbologia de quíron pode ajudar-nos a curar as nossas feridas pessoais e colectivas. A fazer pontes para outras dimensões e qualidades vibratórias de vida. A encontrar e resolver novos paradigmas.
Abordaremos também os asteróides Ceres, Palas, Juno e Vesta – corpos brilhantes que orbitam entre Marte e Júpiter. Deusas da mitologia que nos remetem para o sonho de perfeição e de realização. Ferramentas de aperfeiçoamento e de especialização na Astrologia.
Faremos ainda uma aproximação à simbologia de outros Asteróides tais como Dembouska, Proserpina, Friga, Pitsburgo, Dudo e tantos outros.
Será fornecido a todos os participantes o seu Mapa Natal com a posição de Quíron e dos quatro principais Asteróides. Também será dado material bibliográfico com informação resumida, bem como bibliografia para quem queira aprofundar o estudo dos Asteróides."
Para mais informações:
Helena Sofia ~ 96 2507305 ~ 91 9771612 ~ helenasofia@netmadeira.com
Imagens: http://tallerdechiron.blogspot.com/2008/01/quron-e-seu-mito.html
Exercicio para Alinhar a sua Vontade com o seu Propósito de Vida
Ilustrações: 1 - Postura Hara. 2 - Pontas dos dedos no Tan Tien. 3 - Triângulo voltado para baixo. 4 - Pontas dos dedos da mão direita no Tan Tien; Mão esquerda no Tan Tien com dedos voltados para baixo. 5 -Pontas dos dedos da mão direita na Sede da Alma; mão esquerda no Tan Tien com dedos voltados para baixo. 6 - Mão direita alinhada com o ponto ID; mão esquerda sobre o Tan Tien com dedos voltados para baixo. 7 - Mão direita sobre a sede da Alma com os dedos voltados para cima; mão esquerda sobre o Tan Tien com os dedos voltados para baixo.
Imagine uma esfera de energia dentro do seu corpo, sobre o seu eixo ou linha média, localizada cerca de 2,5 a 4 cm abaixo do umbigo. Este é o centro de gravidade do corpo físico. É o ponto Tan Tien, a nota que permite a manifestação do seu corpo físico. A linha do Hara e o Tan Tien geralmente são dourados. Neste exercício você tornará o Tan Tien Vermelho.
Coloque-se de pé, com os pés separados uns 90 cm entre si, e flexione os joelhos (figura 1). Deixe os pés projectarem-se para fora, de modo a evitar torção dos joelhos. Endireite a coluna vertebral. Segure uma mecha de cabelo que esteja situada directamente sobre o topo da sua cabeça, e puxe-a para cima, para que possa sentir o centro do topo da sua cabeça. Agora imagine-se pendurado por essa mecha de cabelo. Isto vai alinhar o seu corpo numa linha vertical com a Terra.
Coloque as pontas dos dedos de ambas as mãos no Tan Tien (figura 2). Mantenha os dedos juntos. Sinta o Tan Tien dentro do seu corpo e aqueça-o, até ficar quente ao rubro. Ao conectar-se com ele todo o seu corpo aquece – se o seu corpo não aquece, isso significa que não está conectado com o Tan Tien. Nesse caso tente outra vez - pratique até que o consiga.
Depois de o ter conseguido, tome consciência do núcleo fundido da Terra. Disponha as suas mãos numa posição triangular, com as pontas dos dedos voltadas para baixo, em direcção ao centro da Terra, directamente em frente ao Tan Tien (figura 3). Perceba a conexão entre a Terra e o seu Tan Tien. Agora sentirá um verdadeiro calor, um calor ardente, tão intenso que o fará suar. Até é possível que ouça um ruído semelhante ao que é emitido pelos praticantes de artes marciais como grito, ao desferir um golpe. Se a sua Percepção Sensorial Superior (PSS) estiver aguçada, poderá ver a cor vermelha do seu Tan Tien. Verá também uma linha de luz laser que conecta o Tan Tien com o núcleo fundido da Terra. Eu chamo-lhe a «linha laser do Hara». Se não a vê, imagine-a. Não é necessário vê-la para que funcione.
Agora coloque as pontas dos dedos da mão direita no Tan Tien, e volte a palma da sua mão esquerda para lado direito do seu corpo, com os dedos para baixo. Mantenha a mão esquerda directamente em frente ao Tan Tien (figura 4). Conserve esta posição até sentir-se estabilizado.
Agora tome consciência da zona superior do peito, no ponto cerca 8 cm abaixo da depressão da garganta, na linha média do corpo. Há aqui uma esfera de luz difusa. Esta luz transmite a canção da sua alma, a nota ímpar com a qual você contribui para a sinfonia universal. Carrega o anseio que o orienta na vida para cumprir o propósito da sua alma nesta vida. Coloque as pontas dos dedos de ambas as mãos na sede da alma, na região superior do peito, conforme fez anteriormente, no ponto Tan Tien. Ao conectar-se com ela, poderá sentir como se tivesse um balão no interior do peito, a ser enchido. Pode ter uma sensação de imensa segurança e doçura. Sinta esse doce e sagrado anseio, que descansa no seu interior. Talvez seja indescritível, mas você é capaz de senti-la. Ela assemelha-se à luz difusa que rodeia uma vela, mas de coloração azul-púrpura. Intensifique e expanda a luz azul-púrpura no seu peito.
Em seguida, coloque as pontas dos dedos da mão direita na sede da alma e os dedos da mão esquerda voltados para baixo sobre o Tan Tien, apontando para a Terra – a palma aberta da mão esquerda voltada para o lado direito do seu corpo (figura 5). Sinta a linha do Hara correndo directamente para baixo desde a sede da alma, através do Tan Tien, rumo ao centro da Terra. Quando puder sentir isto com muita clareza, avance para o passo seguinte.
Deixando a mão esquerda onde está, levante os dedos da mão direita acima da cabeça. Deixe os dedos médios da mão direita apontarem para o ponto ID, situado, aproximadamente, a um metro acima da cabeça (figura 6). Sinta a linha do Hara, que se estende desde a sede da alma, subindo através da sua cabeça, chegando até a abertura do pequeno funil invertido do ponto ID. Esta pequena abertura é, na realidade, um pequeno vórtice, com a sua extremidade aberta voltada para baixo. Ele é o mais difícil de sentir. Tente fazê-lo, lembrando-se de que talvez leve algum tempo. Este vórtice representa o primeiro ponto de individuação desde a divindade. Representa o primeiro ponto de individualização a partir da unicidade de Deus. Quando você é capaz de fazer a linha do Hara passar através do ponto ID, ela subitamente desaparece na ausência de forma. Ao passar pelo funil, ela poderá emitir um som que, ouvido através da PSS, assemelha-se ao estampido de uma rolha a soltar-se de uma garrafa. Você notará instantaneamente a diferença, porque logo que se conecte a ele, terá mil vezes mais energia. De repente, tudo estará quieto no seu interior, e você sente-se como uma ponte de energia. Você terá alinhado a sua linha do Hara. Espere durante vários minutos até que a linha do Hara esteja estabilizada.
Depois, baixe a mão direita, com os dedos apontando para cima e a palma voltada para o lado esquerdo do corpo, colocando-a na sede da alma. Nesta posição sentir-se-á mais cómodo. Mantenha a mão esquerda apontando para baixo, com a palma voltada para o lado direito do corpo, sobre o Tan Tien (figura 7).
Sinta a linha do Hara e os três pontos (ID, Sede da Alma e Tan Tien). Alinhe-a com a sua intenção. Pretenda que seja recta, brilhante e sólida. Sustenha a sua intenção até sentir que ela está recta, brilhante e sólida.
Endireite novamente o corpo, para que ele fique como se você estivesse pendurado por uma mecha de cabelo que sai do centro da parte superior da sua cabeça. Contraia ligeiramente as nádegas e flicta os joelhos, mantendo os pés separados cerca de 90 cm entre si e projectados para fora para proteger os joelhos. Ao dobrar os joelhos, estes devem ficar directamente sobre os pés.
Faça uma verificação para sentir, ver e ouvir se os pontos estão fortes, firmes e energizados. Se aperceber-se de alguma fragilidade em alguma zona, observe que zona é essa. Essa é uma área que requer trabalho curativo. Concentre-se nela por mais algum tempo.
Alinhe a linha do Hara e reforce os pontos o máximo que possa.
Quando tiver alinhado o seu primeiro ponto de individualização da divindade, com o anseio sagrado da sua alma e com a nota com a qual você atraiu o seu corpo a partir da Mãe Terra, você ter-se-á alinhado com o seu propósito de vida.
Você talvez nem saiba qual ele é mas, mesmo assim, estará alinhado com ele e as suas acções estarão automaticamente sincronizadas com esse propósito enquanto você permanecer alinhado."
Ilustrações e Texto: Brennan, Barbara Ann, em "Luz Emergente - A Jornada da Cura Pessoal", Cultrix/Pensamento.
Jill Bolte Taylor: My stroke of insight
Um dos videos ali disponíveis é o "Jill Bolte Taylor: My stroke of insight", o discurso de uma cientista cerebral que atravessa a experiência de uma hemorragia no hemisfério esquerdo, que faz com que a sua consciência não possa mais expressar-se através das funções lineares e lógicas associadas a esse hemisfério, passando a experienciar-se a si própria e ao mundo através do seu outro hemisfério... encotrando uma experiencia profunda de paz e unidade... que poderia ser explorada para potenciar a paz no mundo... Sabendo que "esta era uma ideia digna de ser partilhada", encontrou a motivação para a sua recuperação e voltou para contar-nos :)
Pensando em quem não domina o inglês, Bernardo Ramirez (http://www.bernardoramirez.com/constelacoes/derrame-de-consciencia/), traduziu o discurso de Jill Bolte Taylor. Grata pela sua iniciativa louvável, passo a citar:
Discurso: (Gravado em Fevereiro de 2008 em Monterey, Califórnia. Duração: 18 minutos e 44 segundos)
Cresci para estudar o cérebro porque tenho um irmão a quem foi diagnosticada uma desordem cerebral: esquizofrenia. E como irmã e cientista queria perceber porque é que posso tirar os meus sonhos, ligá-los à minha realidade, e posso torná-los realidade. — O que é que se passa com o cérebro do meu irmão e com a sua esquizofrenia que ele não consegue ligar os seus sonhos a uma realidade comum, e partilhada, e que por isso se tornam desilusões?
Por isso dediquei a minha carreira a pesquisar as doenças mentais profundas. E sai do meu estado natal de Indiana para Boston onde estava a trabalhar para o laboratório do Dr. Francine Benes, no Departamento de Psiquiatria de Harvard. E no laboratório estávamos a perguntar-nos: quais são as diferenças biológicas entre os cérebros dos indivíduos que seriam diagnosticados normais, para controlo, em comparação com os cérebros dos indivíduos com esquizofrenia, esquizoafectiva e desordem bipolar?
Estamos essencialmente a mapear os micro circuitos do cérebro, que células comunicam com que células, e com que químicos, e depois com que quantidades desses químicos. Por esta razão existia muito sentido na minha vida, estava a fazer este tipo de investigação durante o dia. Mas depois, durante as noites ou durante os fins de semana, eu viajava como uma promotora da NAMI, a Aliança Nacional para as Doenças Mentais dos Estados Unidos da América.
Mas na manhã de 10 de Dezembro de 1996 acordei para descobrir que tinha uma desordem mental só minha. Uma veia tinha explodido na minha metade esquerda do cérebro. E no decurso das quatro horas seguintes eu assisti como o meu cérebro foi se deteriorando e perdendo a capacidade para processar toda a informação. Na manhã da minha hemorragia eu não podia andar, falar, ler, escrever ou recordar nada sobre a minha vida. Basicamente tornei-me uma criança num corpo de mulher.
Se alguma vez viram um cérebro humano é óbvio que existem dois hemisférios que estão completamente separados um do outro.
E trouxe-vos um cérebro humano real. [Obrigado.] Ora bem, isto é um cérebro humano. Esta é a parte dianteira do cérebro, a parte de trás do cérebro com a coluna vertebral pendurada, e isto seria como ele se encontrava posicionado dentro da minha cabeça. E quando olham para um cérebro é óbvio que os dois córtexes cerebrais estão completamente separados um do outro. Para os que de entre vocês entendam de computadores, as funções do nosso hemisfério direito são como um processador paralelo. Enquanto que as funções do nosso hemisfério esquerdo funcionam como um processador em série. Os dois hemisférios comunicam entre si através do corpo caloso, que é feito de cerca de 300 milhões de projecções axónicas contralaterais. Mas para além disso, os dois hemisférios são completamente separados.
Porque processam informação de modo diferente, cada hemisfério pensa coisas diferentes, interessa-se por coisas diferentes, e atrevo-me a dizer, têm personalidades muito diferentes. [Desculpem-me. Obrigado. Foi um prazer.]
O nosso hemisfério direito é todo sobre o momento presente. É todo sobre o aqui e o agora. O nosso hemisfério direito pensa em imagens e aprende kinesteticamente (usando a kinestesia) através do movimento do nosso corpo. Informação, na forma de energia, verte sobre nós simultaneamente através de todos os nossos sistemas sensoriais. E depois explode nesta enorme colagem de como este momento parece ser. Como este momento cheira e sabe, como o sentimos e como soa. Sou um ser de energia ligado a toda a energia à minha volta, através da consciência do meu hemisfério direito. Somos seres de energia ligados uns aos outros através da consciência do nosso hemisfério direito como se fossemos uma única família humana. E aqui e agora, somos todos irmãos e irmãs neste planeta, e estamos aqui para fazer do mundo um lugar melhor. E neste momento somos perfeitos. Somos tudo. E somos maravilhosos.
O meu hemisfério esquerdo é um lugar bem diferente. O nosso hemisfério esquerdo pensa de forma linear e metódica. O nosso hemisfério esquerdo é completamente focado no passado, e completamente focado no futuro. O nosso hemisfério esquerdo está desenhado para pegar nessa colagem do momento presente. E começar a escolher detalhes e mais detalhes e mais detalhes acerca desses detalhes. E depois categoriza e organiza toda essa informação. Associa isso a tudo o que aprendemos no passado e projecta para o futuro todas as nossas possibilidades. E o nosso hemisfério esquerdo pensa em linguagem. É aquele burburinho permanente no cérebro que me liga a mim, e ao mundo interno, ao mundo externo. É essa pequena voz que me diz: "Olha, tens de te lembrar de comprar bananas a caminho de casa, e comê-las de manhã.". É essa inteligência calculadora que me lembra quando tenho de lavar a roupa. Mas, talvez o mais importante, é essa voz dentro de mim que diz: "Eu sou. Eu sou.". E é imediatamente quando o meu hemisfério esquerdo diz-me "Eu sou.", que me torno separado. Torno-me um individuo único e singular separado do fluxo de energia que circula à minha volta e separado de ti. E foi essa parte do cérebro que perdi na manhã do derrame.
Na manhã do derrame acordei com uma dor que martelava na parte de trás do meu olho esquerdo. E era aquele tipo de dor cáustica que te acontece quando trincas um gelado. E agarrou-me e de seguida soltou-me. E depois agarrou-me e voltou a soltar-me. E era muito pouco usual para mim experimentar qualquer tipo de dor, por isso pensei OK, vou apenas iniciar a minha rotina normal. Por isso levantei-me e saltei para cima do meu deslizador cardio, que é uma máquina de exercício físico completa. E estou a patinar naquela coisa e começo a perceber que as minhas mãos parecem umas garras primitivas agarradas à barra. E eu pensei "isto é muito peculiar" e olhei para baixo para o meu corpo e pensei "UAU, sou uma coisa com um aspecto muito estranho". E foi como se o pensamento da minha consciência tivesse se afastado da minha normal percepção da realidade, onde sou a pessoa na máquina a ter a experiência, e passasse a estar num qualquer espaço esotérico onde estou a testemunhar-me a mim própria a ter a experiência.
E era tudo muito estranho e a minha dor de cabeça estava só a piorar, e por isso decidir sair da máquina, e estou a andar através da minha sala quando percebo que tudo no meu corpo reduziu drasticamente de velocidade. E que cada passo é muito rígido e deliberado. Não há fluidez no meu espaço, e há constrangimentos na minha área de percepção e por isso estou apenas focada nos meus sistemas internos. E estou na casa de banho a preparar-me para entrar no duche e conseguia ouvir o diálogo dentro do meu corpo. Ouvia uma vozinha dizer: "Ok, músculos vocês têm de contrair, e vocês músculos têm de relaxar."
E perco o meu equilíbrio e estou apoiada de encontro à parede. E olho para o meu braço e percebo que não consigo mais definir os limites do meu corpo. Não consigo definir onde começa e onde acaba o meu corpo. Porque os átomos e as moléculas do meu braço estão fundidos com os átomos e moléculas da parede. E a única coisa que conseguia detectar era essa energia. Energia.
E pergunto-me a mim própria: "O que se passa de errado comigo, o que é que está a acontecer?" E nesse momento, no burburinho do meu cérebro, o burburinho do meu cérebro esquerdo calou-se completamente. Como se alguém tirasse um controlo remoto e carrega-se no botão Silêncio e — silêncio total.
E a princípio para mim foi chocante encontrar-me dentro de uma mente silenciosa. Mas foi imediatamente cativada pela magnificência da energia que me rodeava. E porque não conseguia mais identificar as limitações do meu corpo sentia-me enorme e expansiva. Senti-me una com toda a energia que existia, e era maravilhoso lá estar.
E subitamente o meu hemisfério esquerdo voltou a ficar em linha e diz-me: "Atenção! Temos um problema, temos um problema, precisamos de ajuda." E por isso eu penso, “OK, OK, tenho um problema”, mas então imediatamente deslizo para o estado fora da consciência, refiro-me afectuosamente a esse espaço como a Terra La La. Mas era maravilhoso lá estar. Imaginem o que seria estar completamente desligado do burburinho do vosso cérebro que vos liga ao mundo exterior. E então lá estou eu nesse espaço e qualquer stress relacionado com o meu, com o meu trabalho, tinha desaparecido. Sentia-me mais leve no meu corpo. E imaginem se todas as relações com o mundo exterior e todas as tensões relacionadas com elas tivessem desaparecido. Senti uma sensação de paz. E imaginem o que é perder trinta e sete anos de bagagem emocional! Sentia-me eufórica.
E a euforia era linda — e então o meu hemisfério esquerdo volta a ligar-se e diz: "Olha! tens de prestar atenção, temos de pedir ajuda." E eu penso: "Tenho de pedir ajuda, tenho de focar." Por isso saio do chuveiro e visto-me mecanicamente e começo a andar no meu apartamento e a pensar "Tenho de ir para o trabalho, tenho de ir para o trabalho, posso conduzir? posso conduzir?".
E nesse momento o meu braço direito fica totalmente paralisado do meu lado. E eu compreendo: "Oh meu deus! Estou a ter um derrame! Estou a ter um derrame!" E a próxima coisa que o meu cérebro diz é: "UAU! Isto é demais! Isto é demais. Quantos cientistas cerebrais têm a oportunidade de estudar o seu próprio cérebro de dentro para fora?" E então atravessa-me o pensamento: "Mas eu sou uma mulher ocupada. Não tenho tempo para um derrame". E digo-me: "OK, não posso impedir o derrame de acontecer, mas faço isto por uma semana ou duas e depois volto para a minha rotina, OK.".
Por isso tenho de pedir ajuda, tenho de telefonar para o emprego. Não me conseguia lembrar do número do trabalho, por isso lembrei-me que no meu escritório tinha um cartão com o número de telefone. Por isso vou para o escritório, tiro a minha pilha de 20 centímetros de cartões. E olho para o cartão no topo, e apesar de conseguir ver claramente com o olhar da minha mente o aspecto do cartão, não conseguia perceber se aquele era ou não o cartão, porque o que apenas conseguia ver eram os pixéis. E os pixéis das palavras fundiam-se com os pixéis do fundo e com os pixéis dos símbolos, e não os conseguia diferenciar. E tinha de esperar pelo que eu chamo uma onda de clareza. E nesse momento era capaz de me religar à realidade normal e podia pensar, “este não é o cartão”, “este não é o cartão”, “este não é o cartão”. Demorei 45 minutos para percorrer 5 centímetros da pilha.
E entretanto, durante os 45 minutos a minha hemorragia continua a expandir-se do lado esquerdo. Deixo de entender números, deixo de entender o telefone, mas é o único plano que tenho. Por isso pego no teclado do telefone e coloco-o à minha frente, e tiro o cartão, e coloco-o à minha frente, e tento fazer corresponder os rabiscos no cartão com as formas dos rabiscos no telefone. Mas entretanto ia parar à Terra La La, e quando voltava não me lembrava se já tinha carregado nesses números.
Por isso tive de manusear o meu braço paralisado com um peso, e cobrir os números conforme ia avançando e carregando, de forma a que, quando voltasse à realidade normal, poderia dizer: sim, já carreguei nesse número.
Eventualmente todos os números são pressionados, e estou a ouvir o telefone, e o meu colega atende o telefone e diz-me: "Au au au au au au." [risos] E penso para mim: "Oh meu deus, ele soa exactamente como um golden retriever!" E por isso digo-lhe, claramente na minha cabeça: "Sou a Jill! Preciso de ajuda!". E o que sai da minha voz é: "Au au au au au au au". E eu penso: "Oh meu deus, eu soo exactamente como um golden retreiver". Por isso não podia saber, não sabia que não podia falar ou entender a linguagem até eu tentar.
E então ele reconheceu que eu precisava de ajuda, e arranja-me ajuda. E um pouco mais tarde estou na ambulância a ir para um hospital, através de Boston, para o Mass General Hospital. E enrolo-me numa posição fetal. E como um balão cujo último ar acabou de sair, de sair do balão, sinto a minha energia a ser elevada e o meu espírito a se render. E nesse momento eu soube que já não era o coreógrafo da minha vida. E que ou os médicos me salvavam o corpo e me davam uma segunda oportunidade para viver ou este seria o meu momento de transição.
Quando acordei mais tarde nessa tarde fiquei surpresa de ainda estar viva. Quando senti o meu espírito se render eu disse adeus à vida e a minha mente estava agora suspensa entre dois planos opostos da realidade. Estímulos que chegavam através do meu sistema sensorial eram dor pura. A luz queimava-me o cérebro como fogo e os sons eram tão altos e caóticos que não conseguia distinguir as vozes dos barulhos de fundo e só queria fugir. Porque não conseguia identificar a minha posição no espaço sentia-me enorme e extensa, como um génio liberto da sua lâmpada. E o meu espírito navegava livre como uma gigante baleia nos mares da euforia silenciosa. Harmónica. Lembro-me de pensar que não havia forma de alguma vez conseguir enfiar aquele eu enorme dentro do meu pequeno corpo.
Mas percebi: "Ainda estou viva! Ainda estou viva e encontrei Nirvana. E se encontrei Nirvana e ainda estou viva, então toda a gente que está viva pode encontrar Nirvana." E visualizei um mundo cheio de beleza, paz, compaixão, e pessoas amorosas que sabem que podem vir a este espaço sempre que queiram. E que podiam com propósito escolher ir para o hemisfério direito ou esquerdo e encontrar este lugar. E percebi que tremendo presente esta experiência podia ser, que toque de génio isto podia ser para nos permitir viver a nossa vida. E isso motivou a minha recuperação.
E duas semanas e meia depois da hemorragia os cirurgiões entraram e removeram o coágulo do tamanho de uma bola de golfe que estava a pressionar o meu centro de linguagem. Aqui estou com a minha mãe, que é um verdadeiro anjo na minha vida. Levei oito anos a recuperar-me completamente.
Então quem somos nós? Somos a força viva do universo, com destreza manual e duas mentes cognitivas. E temos o poder de escolher, momento a momento, quem e como queremos estar no mundo.
Aqui e agora, posso mover-me para a consciência do meu hemisfério direito onde somos – onde sou – a força viva do universo, e a força poderosa de 50 triliões de maravilhosos génios moleculares que fazem a minha forma. Uno com tudo o que é.
Ou posso escolher mover-me para a consciência do meu hemisfério esquerdo. Onde me torno um indivíduo individual, sólido, separado do fluxo, separado de ti. E sou a Dra. Jill Bolte Taylor, intelectual, neuroanatomista.
Esses são os “nós” dentro de mim.
Quem escolhes ser? Quem escolhes ser? E quando?
Eu acredito que quanto mais tempo usarmos a escolher navegar profundamente na paz profunda dos circuitos do nosso hemisfério direito, mais paz projectamos para o mundo e mais pacífico será o nosso mundo. E pensei que esta era uma ideia digna de ser partilhada."
Jill Bolte Taylor
Tradução do discurso por Bernardo Ramirez: (http://www.bernardoramirez.com/constelacoes/derrame-de-consciencia)
Curso de Iniciação à Astrologia ~ Numa Perspectiva Humanista, Kármica e Transpessoal
Curso de iniciação à Astrologia,
Início: 11 de Novembro de 2008
Fim: 28 de Julho de 2009
Dias: terças-feiras, das 20h às 21:30h
Investimento: 35€ /mês
Local: UnoKósmo (Mafra)
Objectivos:
e, ao mesmo tempo,
potenciar o Auto-Conhecimento e a Escalada Divina do Ser
~ De Grau em Grau... Mais Indivisos e Universais.
~ uma vez que é o melhor conhecedor de si mesmo, a observação do seu Mapa Natal permitir-lhe-á dar outra dimensão (a sua!) à aprendizagem sobre Astrologia;
Sugestão: tanto quanto lhe seja possivel, procure obter e confirmar a sua hora de nascimento (consulte a sua mãe, o pai, a tia, a parteira, o conservador do registo civil ou até o piriquito), se souber a hora e minutos a que nasceu, tanto melhor, pois quanto mais exacto for este dado, tanto mais rica e afinada será a informação colhida a partir do seu Mapa.